terça-feira, 21 de agosto de 2012

Patrus quer resgatar a dívida histórica com a população negra


“Vamos fazer de BH a capital do combate ao racismo, da igualdade e liberdade racial. Temos uma dívida histórica, secular, com a população negra deste país, que foi jogada na rua da amargura, sem nenhum direito. Na Prefeitura de Belo Horizonte, vamos ser vanguarda para continuar a luta pelo resgate desta dívida”.

Com essa afirmação, Patrus deu o tom, nesta segunda-feira (20/8), da plenária da comunidade negra, com a presença de representantes de diversas entidades ligadas à promoção da igualdade racial na capital mineira.

Depois da apresentação de canto de D.Nilda Ferreira, do Grupo de Terceira Idade Maria Mãe das Mães, que entoou a canção “Amigos para Sempre”, Patrus recebeu documento com as 13 propostas formuladas pelos movimentos de combate ao racismo em BH.

O candidato da Frente BH Popular se comprometeu a formalizar o Comitê Técnico de Saúde no SUS, que irá preparar a rede pública de saúde para identificar e tratar adequadamente as doenças que têm maior incidência entre a população negra. Patrus também irá implementar, como prioridade de gestão, o Plano Nacional de Enfrentamento à Mortalidade da Juventude Negra.

Sob aplausos, Patrus disse que irá colocar em prática a Lei Federal 10.639/2003 e a Resolução 01/2004, do Conselho Nacional de Educação, que tornam obrigatório o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nos estabelecimentos de ensino médio e fundamental, públicos e privados.
Segundo o último censo do IBGE, Belo Horizonte tem 53% de sua população formada por pessoas de cor negra. Dados dessa mesma pesquisa indicam que os brancos, na capital mineira, recebem salários 2,9 vezes superiores aos dos negros. A situação da mulher negra é ainda pior, recebendo ainda menos que os homens negros. Entre elas, é maior o percentual de pessoas fora da escola.

Patrus também prometeu investir na geração de empregos para jovens negros de Belo Horizonte, que formam, hoje, o grupo que mais sofre exclusão e que convive com alto índice de mortalidade, em função da violência nas periferias, vilas e favelas.

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