sexta-feira, 20 de maio de 2011

Preservação ambiental e turismo ecológico na Serra do Curral


A Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana debateu em audiência pública, no dia 12 de maio, a preservação ambiental e o fomento ao turismo na Serra do Curral, símbolo da capital mineira. Ao final do encontro, foi encaminhada a realização de uma visita e a solicitação de um mapeamento detalhado da região, além da criação de uma Frente Parlamentar e de uma parceria com o Ministério Público.

A audiência reuniu representantes do poder público e entidades da sociedade civil para discutir a viabilidade da proposta. Juntamente com o vereador Adriano Ventura (PT), O Vereador Daniel Nepomuceno (PSB) assina o Projeto de Lei 1587/11, que institui o movimento de preservação cultural, ambiental, histórica e arqueológica das muralhas de Belo Horizonte, criando um circuito de turismo, lazer e estudo na região.

O muro de pedras, com mais de dois quilômetros de extensão, localiza-se no limite leste de Belo Horizonte com Sabará e Nova Lima e vem recebendo atenção do Ministério Público Estadual e do Laboratório de Arqueologia da UFMG, por solicitação do Movimento Comunitário, Cultural, Esportivo, Ecológico Saudade e Adjacências (MOC-ECO). De acordo com Marco Antônio Zocrato, presidente do MOC-ECO, a hipótese mais provável é de que o muro seja remanescente do primeiro povoamento da região, no início do século XVIII.

Incentivo ao turismo na Serra do Curral

O presidente do MOC-ECO, Marco Antônio Zocrato, exibiu imagens da área e falou sobre a importância da preservação da Média-Baixa Serra do Curral, entre as regiões Centro-Sul e Leste, com suas nascentes, córregos, vegetação, fauna e sítios históricos e do entorno da antiga estrada BH-Nova Lima-Sabará-Raposos, ou Caminho das Águas, com cerca de 12 km de extensão. “O poder público pode tornar a área uma atração turística”, defendeu.

Para Lílian Marotta, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico/MG, é fundamental que os perímetros de tombamento e de entorno do conjunto paisagístico da serra sejam delimitados. “O Ministério Público está junto da comunidade nos esforços para que a faixa média-baixa seja incluída na proteção”, afirmou a promotora. Ela destacou ainda a necessidade de envolver os municípios vizinhos na questão e se colocou à disposição para integrar, juntamente com os vereadores, uma “força-tarefa” na luta pela preservação da Serra.

A gerente de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Márcia Mourão, disse estar impressionada com as informações e solicitou dados precisos sobre o projeto, como a delimitação e mapeamento da região. “A área merece ser preservada e tratada como circuito turístico, mas precisamos de um projeto claro e objetivo para que possamos avaliar a viabilidade”, afirmou, lembrando a restrição da atuação da Prefeitura à área pertencente ao município.

Fonte: Portal www.pbh.gov.br

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