O candidato da Frente BH Popular, Patrus Ananias, defendeu com ênfase o programa de combate à pobreza que coordenou no governo Lula, o Bolsa Família. Em entrevista à imprensa durante encontro com taxistas da cidade, Patrus, que foi ministro do Desenvolvimento Social, respondia a pergunta sobre a afirmação feita por seu adversário, o candidato do PSB Marcio Lacerda, que comparou o Bolsa Família a uma esmola.
“Eu considero que essa é uma posição atrasada e preconceituosa, que mostra ser contra as políticas sociais que eu implantei no governo Lula”, disse Patrus, na sede do Sindicato dos Taxistas, no bairro Ipiranga (região Nordeste de BH). “Nossa política é diferente, nosso compromisso é acabar com a miséria em Belo Horizonte.”
Patrus afirmou também que, para ter êxito na missão de erradicar a miséria na cidade, pretende integrar cada vez mais o Bolsa Família com outras políticas sociais, além de abrir oportunidades de trabalho em Belo Horizonte, inclusive com programas de capacitação profissional que permitam às famílias hoje beneficiadas pelo Bolsa Família ganharem condições de “caminhar com suas próprias pernas”.
Durante encontro com sindicalistas, na terça-feira, o candidato do PSB, para elogiar a si próprio, desmereceu programas sociais implementados por Patrus no governo Lula, com destaque para o Bolsa Família. “Não é só esmola, ajudazinha em dinheiro (que beneficia o mais pobre)”, afirmou.
Os últimos dados sócio-econômicos, pelo menos, parecem dar razão a Patrus.
Eles mostram que o Bolsa Família promoveu uma inclusão social sem precedentes no país. Desde a implantação do programa, caiu 4,5% o número de horas dedicadas ao trabalho doméstico entre crianças; outro dado importante, também do IBGE, é o que revela que as crianças e adolescentes de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família têm frequência escolar 19,9% maior.
O sucesso do programa, ainda que não reconhecido pelo candidato do PSB à Prefeitura de Belo Horizonte, foi atestado internacionalmente. A influente revista britânica The Economist, por exemplo, lembrou que o programa “anti-pobreza do Brasil ganha adeptos mundo afora”. O Bolsa Família também é citado por especialistas como o maior responsável pela queda recorde do índice de miséria no país - 27,7% entre 2002 e 2006.
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