terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cai em 31,5% o número de casos de hanseníase


Em dez anos, o número de casos de hanseníase no Brasil caiu 31,5%. De acordo com estudo Saúde Brasil 2010, do Ministério da Saúde, a média anual de detecção de novos casos é de 4%, no período de 2001 a 2010. O melhor percentual de redução ocorreu na Região Sudeste, com 45,5%, onde quase todos os estados alcançaram a meta de eliminação da hanseníase enquanto problema de saúde pública. O estudo comprovou ainda que82,3% dos casos detectados de hanseníase foram curados em 2010.

As conclusões fazem parte do Saúde Brasil 2010, que estão sendo apresentadas e discutidas durante a11ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), que vai até a próxima quinta-feira (3), no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília (DF).  Todas as regiões do país apresentam redução de novos casos. No período de 2001 a 2010, a redução percentual na região Norte, foi de 42,1%; Centro-Oeste, 36,6%; Sul, 30,2%; e no Nordeste, 16,9%.

De acordo com o Saúde Brasil, a redução é justificada pela oferta de tratamento nas unidades públicas de saúde e, ainda, do esforço dos profissionais da rede básica e dos centros de referência. Outro fator que contribui para a diminuição do surgimento de novos casos é o crescimento econômico e as melhorias na área social ocorridos no Brasil nesta última década.

Em 2001, o coeficiente de detecção foi de 26,6, sendo que o maior pico foi verificado em 2003 com 29,4 por 100 mil habitantes, e dados de 2010, já mostram que o coeficiente geral de detecção está em 18,2 por 100 mil habitantes. “Estes dados vem apresentando queda, graças às políticas de saúde que o Brasil vem adotando. Ofortalecimento das ações de vigilância epidemiológica, a melhoria da assistência, a diminuição da pobreza, o aumento do diagnóstico, o apoio de programas como o Saúde da Família, além da qualidade da oferta de diagnóstico, reabilitação e tratamento poliquiomioterapico (PQT/OMS) e também a participação dos movimentos sociais ligados a hanseníase”, explica a coordenadora adjunta do Programa Nacional de Controle da Hanseníase  do Ministério da Saúde Magda Levantezi

ESTRATÉGIA- Em 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a estratégia global para 2006-2010, baseada na detecção precoce de casos e garantia de oferta de tratamento com poliquimioterapia (PQT), que consiste no tratamento da hanseníase composto por ingestão das drogas dapsona, clofazimina e rifampicina. Esta medida tem sido efetiva na diminuição dos casos da hanseníase em vários países, inclusive no Brasil.

O desafio agora para os próximos anos é eliminar ou, pelo menos, amenizar o estigma e a discriminação relacionados à doença. Dentro deste objetivo, o atendimento à população enfatiza a garantia da qualidade da assistência ao paciente, com foco na redução de pessoas acometidas pela doença.

Regiões e Unidades da Federação
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Variação % anual
média
Variação % período
Minas Gerais
15,35
18,44
18,10
16,93
15,63
13,12
11,22
9,69
9,39
8,03
-6,40
-47,7


Fonte: Ministério da Saúde

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