CORREIO – Essa será uma eleição polarizada e a pergunta que fica é quem ganha ou quem perde com isso. Para o senhor é melhor assim, uma eleição que pode ser definida no primeiro turno ou seria melhor ter uma terceira via que permitisse uma discussão mais aprofundada?
Gilmar Machado - Eu creio que foi a eleição possível. Se eu pudesse definir, escolheria um processo eleitoral por etapas, mas acho que esse processo se antecipou e nós construímos um arco de alianças possível para que a gente pudesse fazer uma campanha estruturada, com bom tempo de tevê e com uma chapa de vereadores que nos permita ter maioria na Câmara.
CORREIO – Vai ser uma eleição em que o discurso da situação será perguntar ao eleitor se ele está satisfeito e quer continuar ou se ele quer voltar ao passado. Esse passado remete ao governo Zaire Rezende, que teve a participação do PT. Como o senhor pretende desfazer essa estratégia?
Gilmar Machado – Em primeiro lugar, Uberlândia está em uma fase de desenvolvimento, fruto do desenvolvimento nacional. Se você pegar a maioria das cidades de porte médio do Brasil, todas têm crescido. Isso porque o Brasil está crescendo e Uberlândia não é uma ilha. Em segundo lugar, por sua posição geográfica (de Uberlândia) que atrai, e isso não é de hoje. E terceiro, em função da capacidade empreendedora das pessoas desta cidade. São três fatores essenciais para que Uberlândia esteja nessa posição e isso é o que nós vamos continuar mostrando para a população.
CORREIO – Mas não tem mérito do prefeito Odelmo Leão também?
Gilmar Machado - Ele também tem mérito e todo mundo está vendo que eu também ajudei. Se a cidade hoje tem esse forte desenvolvimento é porque nós ajudamos muito. Se as duplicações estão aqui fomos nós que trouxemos o recurso. Se Uberlândia tem hoje mais de 15 mil moradias é o programa Minha Casa Minha Vida. Vamos ver quantas casas o Estado construiu aqui e quantas casas o governo federal construiu. O sucesso do programa habitacional está aqui e tudo isso nós vamos apresentar à população de Uberlândia.
CORREIO – o senhor não teme esse viés de comparação?
Gilmar Machado - O povo de Uberlândia olha para frente. Nós vamos olhar para frente como sempre fizemos. Perdi a eleição quando fui candidato da última vez e comecei a trabalhar, a ajudar a cidade. Não importa quem está no governo ou não, a população conhece essa característica minha e sabe que eu penso é para frente.
CORREIO – Nessa disputa entre quem trouxe o recurso, se o governo estadual ou se o federal, algumas pessoas têm lembrado que os recursos, sejam de que esfera for, vêm da população, que, afinal, paga imposto para isso…
Gilmar Machado - Perfeito. Isso é correto. Nós vamos mostrar exatamente isso. O prefeito Odelmo (Leão) está fazendo obras com o dinheiro do imposto que é pago pela população. Eu, por exemplo, todos os recursos que vieram pra cá eram do governo federal, nunca falei que eram meus. Agora, quem representa o governo federal aqui? Eu fui líder na Câmara dos Deputados do governo Lula, sou vice-líder da presidenta Dilma, e durante cinco anos fui um dois responsáveis pelo orçamento do Brasil, cerca de R$ 4 trilhões. O que estamos viabilizando para cá com recursos do governo federal não tem como esconder. Durante o processo eleitoral, vai ficar muito claro.
CORREIO – E esse argumento da situação de que é muito mais importante ter mais proximidade com o governo estadual do que com o federal?
Gilmar Machado – Primeiro, isso é um equívoco. Eu não trabalho com essa tese de que a gente deva trabalhar só com o governo federal ou só com o estadual. Desde o início, eu tenho colocado que temos que ter parceria tanto com um quanto com o outro. Esse é um discurso falso e eu dialogo tanto com um quanto com o outro.
Fonte: Correio de Uberlândia
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